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Poema de John Clare: Eu sou

  • Foto do escritor: Admin
    Admin
  • 19 de jul. de 2017
  • 1 min de leitura

“Eu sou mas o que sou ninguém se importa ou conhece, Meus amigos desistiram de mim, como uma memória perdida. Sou o consumidor das minhas próprias mágoas. Elas ascendem e desaparecem em chão estéril, como sombras em dores delirantes de um amor sufocado. E ainda assim eu sou, eu vivo – como vapores tremulantes.


Em meio a um nada ruidoso e escarnescente, Em meio a um vivo mar de sonhos vigilantes, Onde não há sentido de vida ou alegrias, Só o vasto naufrágio das minhas aporias, E a mais desejada, a que eu amei mais, É-me estranha – ou pior, mais estranha que as mais.


Anseio por cenas onde o homem nunca trilhou. Um lugar onde as mulheres nunca sorriram ou choraram. Há a cumprir com o meu Criador, Deus. E dormir como eu dormia docemente na infância. Tranquilo e despreocupado onde repouso. A grama abaixo – por cima o céu abobadado.”


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